Contributo da atividade física adaptada em reclusas com depressão

Este livro surge pela vontade contínua de motivar Toda a Pessoa a Edificar-se. Como responsável pela seção de Desporto, no Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo Feminino desde 2005 e criadora de todas as atividades com base no Modelo de Educação Inclusiva, pude perceber que a maioria das reclusas tinha Depressão. Este trabalho teve como objetivo estudar o contributo de um programa de Atividade Física Adaptada (PAFA) em reclusas condenadas com Depressão. A amostra foi constituída por 24 mulheres, com idades compreendidas entre os 25 e os 45 anos. Os instrumentos utilizados foram: ficha de dados sociodemográficos para caracterizar a amostra; Inventário Depressivo de Beck para quantificar a Depressão; e diário de campo para acompanhar o desenvolvimento do estudo. O PAFA foi desenvolvido durante dezesseis semanas, com três aulas semanais. Os resultados do nosso estudo revelam que, no primeiro momento, a amostra apresenta valores da Depressão similares em ambos os grupos e que, no segundo momento, o grupo experimental, quando comparado com o grupo de controlo ou com o momento anterior ao PAFA, apresenta diferenças estatisticamente significativas no grau da Depressão.